quarta-feira, novembro 28, 2007

Até sempre

Canção de Embalar

Dorme meu menino a estrela d’alva
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada
Outra que eu souber será pra ti

Outra que eu souber na noite escura
Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas
Trovas e cantigas de embalar

Trovas e cantigas muito belas
Afina a garganta meu cantor
Quando a luz se apaga nas janelas
Perde a estrela d'alva o seu fulgor

Perde a estrela d'alva pequenina
Se outra não vier para a render
Dorme qu'inda à noite é muito menina
Deixa-a vir também adormecer

(José Afonso)


é a única coisa que posso dizer... até sempre minha flor...

domingo, novembro 25, 2007

Só hoje...




Costuma dizer-se que para morrer basta estar vivo... E eu, aos 23 anos de idade, com perdas de alguns amigos, ainda não tinha dado por isso... mas... esta semana, descobri que (no meu trabalho) nem sempre quem está a morrer morre e, nem sempre que está bem vive muito tempo... por esse motivo, presto aqui uma pequena homenagem à minha Catarina... a primeira baixa que realmente senti... Descansa em paz minha querida...

domingo, novembro 11, 2007

Paz de espírito


Talvez um dia consiga perceber algumas coisas que hoje não me fazem grande sentido... É estranho o calor humano, a confiança, os olhares... ao mesmo tempo, sinto-me recebida como se voltasse para casa, de surpresa, numa noite de Natal... Parece sempre o primeiro enontro, a primeira palavra, o primeiro beijo, o primeiro dia... sinto que é sempre especial de cada vez mais... ainda assim não entendo porquê. Talvez faça parte de novas fases de aprendizagem e de estabilidade mas hoje, mas estável que nunca, não consigo reagir impulsivamente à irritção, talvez a primeira lição seja o auto-dominio... basicamente (tinha que vir a parvoice),sinto-me uma emigrante que volta às origens.. mas a origens que não tinha, regresso sem nunca ter partido de cá e com saudades de pessoas que nunca vi... e é tudo tão estranho que parece que os outros (pessoinhas como lhes chama a minha amiga nanda) nada têm a ver com isto tudo... parecem invisiveis (mais: desprezíveis) com comportamentos tipicos do seu nivel (pequenino pequenino) mas se noutras alturas isso era terrivel, hoje em dia é apenas incómodo e passa rapidamente... talvez seja só mais uma aprendizagem... como m disse há pouco tempo alguem (pessoinhas...) "escolheste um caminho..." e eu assumo que sim... diferente, novo, confortável e mais feliz que nunca... é tão estranho... mas é bom e ainda bem que sempre me tentaram ensinar coisas que não quis aprender porque como dizia (o Grande ) José Régio:
"Ah! que niguem me dê piedosas intenções,
que ninguem me peça definições,
que ninguem me diga «vem por aqui!»
a minha vida é um vendaval que se soltou
uma onda que se levantou,
um átomo a mais qu se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou...
sei que não vou por aí..."