terça-feira, dezembro 02, 2008

só mais uma cena...

alguem tem ideia... de porque é que se fundiu uma luz do meu carro...? assim do nada... sem mais nem menos... deixou de acender como se fosse a coisa mais óbvia do mundo... estou perturbada (aliás*, acho que se nota...)



só uma pequena nota acerca dessa grande palavra que é "aliás":
Ora pois que há uns tempos atrás, estava eu tranquilamente a tomar café com uma amiga, e eis que um senhor muito bem parecido estava na mesa ao lado a falar ao telemóvel e, misteriosamente, começou a falar em inglês... até aqui tudo bem... mas quando olhamos para ele, porque ele estava a falar demasiado alto, ele sorriu, armado em bom, como se fosse exótico (palavra que usamos para denominar tudo o que é diferente), falar noutra língua.
O senhor lá continuava a conversa e numa determinada altura diz o seguinte: "ok, I'll tell you the number : five, four, six... ALIÁS ... eight..."
aliás... essa grande palavra inglesa... tenho cá para mim que ele deveria ter usado a pronuncia correcta e dito "aláias"...
enfim... momentos críticos de café a meio da tarde...

sou uma pessoa que tem nervos...


após ausência de 6 meses destas andanças... eis que estou de volta... então... devo desde já avisar quem estiver interessado que a minha password do hotmail e do hi5 foi mudada não sei por quem, pelo que não tenho acesso... por isso, tudo o que possam ser email, pedidos, convites, etc, vindos desse endereço, não estão a ser enviados por mim...
(de facto só a mim...)
entretanto, vou só deixar aqui um poemazinho do fanã (só naquela do romantismo - caracteristica que quem me conhece sabe que me é inerente, lol), que é o seguinte:


O que há em mim é sobretudo cansaço
O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...

(Álvaro de Campos)