quinta-feira, setembro 24, 2009

só porque preciso de sorrir um pouco agora...


ora há uns tempo atrás a minha avó (Leonor) deixou-me uma mensagem no voicemail que dizia isto
"ó filha a avó não te disse mas para os anos do avô, se tiveres algum namorado ou namorada que queiras trazer... é só avisar por causa do almoço"

de boca aberta... mas enfim... fui apenas com os meus pais e irmão...

quando cheguei perguntei "então mas achas normal deixares uma mensagem daquelas...?"

e com toda a simplicidade a minha avó responde a sorrir "ó filha sei lá... podias ser bélgica..."

muito nível...

há tanto tempo... e tão pouco...


correndo um risco consciente de me repetir (como disse Platão "vale a pena repetir muitas vezes as coisas belas"), escrevo novamente para mim... sobre ti...

dizer que já não sei que dizer mais... há tanto por dizer... tanto para lembrar... que a tua gargalhada me perseguirá para sempre...

Mais do que a tua pele baça... e os teus olhos amarelos e tristes...
mais do que a almofada redonda do Porto em que mexias compulsivamente...
mais que os sacos... que a morfina... que a almofada, que o cabelo apanhado sempre igual...

Há uma luta (e um luto) que aqui fica... há um amor que nunca passa. uma saudade que nunca vai embora...

Mais que os teus gritos... que as tuas mensagens... que os cafés no LNEC (à hora do teu trabalho e das minhas aulas) como dizia a voz off em 2005, "há qualquer coisa no ar..."...e há um café central... e uma casa de pasto e um café puro que têm a ousadia de continuar (sem ti...) e nós também...

há um cheiro... uma memória das tuas mãos pequeninas... há sempre em qualquer lado um cabelo aos caracóis numa mulher gordinha e baixinha que me faz olhas duas vezes (que estupidez...)

há sempre este meu/nosso feitio... esse tom de voz irritado... esse "tu andas a gozar com esta merda"...

há tudo isto e não há na(n)da... há tudo isto e uma saudade que não passa... em todos os momentos te imagino... mais: vejo-te... ouço a tua crítica, a tua forma diferente de fazer... falta o telefone, a mensagem, os olhos esbugalhados a ralhar e... acima de tudo... falta a amiga... a companheira... a defensora...

Como podemos passar com e sem tudo isto...?

como? alguém que me explique porque eu... um ano, três meses, 23 dias e 6 horas depois ainda não consegui perceber...

segunda-feira, setembro 21, 2009

sempre...

"Esperei por ti todas as horas
Frágil sombra olhando o cais
Mas mais triste que as demoras
É saber que não vens mais"

mais uma vez para ti...

quinta-feira, setembro 17, 2009

ele há coisas...

bem... mais uma vez... por onde começar?
tudo na minha vida dá voltas e voltas e voltas e voltas...
resumo dos últimos tempos: birras, tendas de campismo, meco, medo, PS, autarquicas, Kanguru, beijinhos, abrancinhos, telemoveis, gargalhadas, trabalho e mais trabalho, cafés, imperiais, setas, mulheres, deputados, estado civil, despesas, óculos, unhas, cenas e mambos...
bem... isto mais ou menos traduz todos os temas que aconteceram nas útlimas 3 ou 4 semanas da minha vida...
Do trabalho... que dizer: uns dias bem outros mal... gente gira, gente feia, chefes e mais chefes (quase mais gente a mandar do que a ser mandada)... coisas acumuladas, task force, vontade de fazer tudo, falta de tempo... horas a mais para compensar horas a menos ou nem isso... psicose... no fundo é isto...
Do coração... que dizer: "corro atrás de ti como um porco atrás de bolota nos castanhos prados de Outono"... o meu coração é isto... sendo que a metáfora do porco é perfeita para isto... passa-se tudo e não se passa nada... como diz a minha avó "filha, podias ser bélgica" e eu concordo. Jessie & Peppers forever.
Do resto... que dizer: tudo acontece ao mesmo tempo, estou cansada, tenho a minha cabeça a latejar, a minha alma dói-me (quase tanto como a cabeça) e se o sócrates não ganha esta merda alguém vai levar com o meu mau feitio...
bem... não posso ser mais explicita porque isso daria demasiado trabalho... vou morrer ali para o canto por uns minutos...