Olhar à volta e ver as mesmas caras, o mesmo cheiro, as mesmas coisas... Ainda assim, e parecendo que nada mudou, mudou tudo... Mudamos nós, por dentro.
Por fora, o cabelo vermelho, as unhas pintadas, a camisa passada, o nó da gravata... por dentro... as vezes nem sei o que há por dentro, mas agora tem havido uma espécie de maré vaza, em que sabemos que houve ali hágua, vai haver outra vez, mas não está lá agora...
No meio disto (e de nós), há às vezes uma dor fininha, daquelas que não mata mas mói... É uma daquelas dores que só quando se toca, é que se sente...
E há, no meio disto (e de nós), amigos e abutres e restos, sendo que nem sempre a diferença entre todas estas categorias é visível e nem os próprios, se tivessem essa possibilidade, saberiam, talvez, onde se posicionar.
E, no fim de tudo, há o aconchego... seja por um abraço de um amigo, seja pelo calor da palmada nas costas com a mão cheia de picos... não faz mal: de qualquer das formas aquece... o que fazer com o calor é que é diferente... Ou o braseiro que aquece e torna a noite mais suportável, ou o braseiro que aquece e mata for asfixia... Esperemos, para ver quem é o quê, afinal somos pacientes!
quinta-feira, maio 17, 2012
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