domingo, abril 27, 2008

... e agora...?


E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes
encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos
E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes ah por vezes
num segundo se envolam tantos anos.
David Mourão Ferreira

terça-feira, abril 22, 2008

sou a maior... ursa...

estou a escrever hoje porque... como diriam algumas pessoas que eu conheço, estamos todas a viver na twilight zone... daí que nem tenho nada de especial para dizer a não ser que SER GAJA É DAS COISAS MAIS DEPRIMENTES QUE EXISTE... porque nós temos manias e coisas... temos sempre coisas... enfim... ao menos dizem que tenho um admirador... lolol ou então não... por muito que essa ideia seja gira e romantica e faça bem ao ego... eu conheço-me demasiado bem... hoje estou numa de ir aqui e ali... não há-de ser nada...

domingo, abril 20, 2008

lá que tem nivel, tem...

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.

Excerto de Pablo Neruda


só para mim...

quarta-feira, abril 16, 2008

Para sempre...

A caminho da essência eu verifico a cadência
Da matéria que se mostra a mim livre de regência
Mato a dor de sentir demais, de amar demais, de pisar demais
Em convenções fundamentais
Encho a cabeça mas não há carga nos contentores
Digo olá aos meus amores, bem-vindas novas cores
Da utopia eu crio filosofia todo o dia quando a apatia
Senta no meu colo e arrelia
Eu faço a liturgia da verdadeira alegria
Música nos meus ouvidos, água benta em benta pia
A caminho com prudência eu não esqueço a violência
Que levou alguns dos melhores da minha existência
Mata a saudade de curtir demais, de tirar demais, de pisar demais
Em convenções fundamentais
Eu uso o tacto para trazer a água da minha fonte
Hoje em dia nem sequer preciso atravessar a ponte
Tenho a palavra escrita a tinta negra na minha pele
Menina dos meus olhos, doce como o mel
Palavra puxa palavra põe-me disponível para amar
Tudo aquilo que me seja sensível
E não são poucos aqueles que eu quero sem sequer os poder ver
Foi tanto o que me deram para nunca mais esquecer
Palavra de honra, guardo a palavra no meu bolso
Na parede, no conforto de uma cama de rede
Palavra de honra

Da weasel

domingo, abril 13, 2008

Thank you


My tea's gone cold, I'm wondering why
I got out of bed at all
The morning rain clouds up my window
and I can't see at all
And even if I could it'd all be grey,
but your picture on my wall
It reminds me that it's not so bad,
it's not so bad

I drank too much last night, got bills to pay,
my head just feels in pain
I missed the bus and there'll be hell today,
I'm late for work again
And even if I'm there, they'll all imply
that I might not last the day
And then you call me and it's not so bad,
it's not so bad and

I want to thank you
for giving me the best day of my life
Oh just to be with you
is having the best day of my life

Push the door, I'm home at last
and I'm soaking through and through
Then you hand me a towel
and all I see is you
And even if my house falls down,
I wouldn't have a clue
Because you're near me and

I want to thank you
for giving me the best day of my life
Oh just to be with you
is having the best day of my life

Dido

só porque te amo telma...

há dias que realmente...

bem... lol... correndo mais uma vez o risco de ser acusada de escarrapachar a minha vida no meu blog (o que até é normal dado que é O MEU BLOG) aqui continua a saga do pinto-que-queria-ser- galo-e afinal-era-uma-galinha...
assim como tenho feito até agora, continuo sempre a contar apenas com os MEUS AMIGOS e o resto que se foda... até porque há momentos chave em que os amigos se aproximam e os "amigos" se revelam... hoje estou num desses dias... de revelações... sinto-me num último episódio de uma novela da TVI...
depois de grandes interpretações e dissertações sobre o meu blog... sobre o que penso, o que sinto, o que faço, onde vou, o que leio, o meu domínio da língua portuguesa, as minhas intenções, a cor da roupa interior que uso quando estou mais triste, se ponho um gancho para mostrar autocofiança, se mudei de marca de café porque estou perturbada... aqui estou novamente a escrever merda (não podemos ser todos geniais na escrita)...
apesar de ninguem ter que saber... passo a explicar que estou muito bem... muito serena, muito tranquila, muito bem com a minha consciência...
mais que isso: as coisas que escrevo no meu blog são minhas, sendo que qualquer interpretação senão aquela que está explícita é da inteira responsabilidade de quem a formular pelo que não me sinto minimamente culpada...
por fim, quero apenas registar que tive todo o prazer em cruzar-me com pessoas "pseudo-boazinhas" que fazem conversas de tudo e que dizem que nunca abriram a boca, que olham os outros de alto abaixo e, sobretudo que quando se sentem feridas não olham a meios para magoar os outros. Mais uma vez, obrigada por me ensinarem aquilo que eu não quero ser quando for grande...

quarta-feira, abril 09, 2008

ai mouraria...


bem... começo por onde? lol... após grandes acontecimentos nas minhas últimas semanas... (uns melhores, outros nem tanto...) estou a recompor-me... e muito bem, pelo que me dizem...
não estou a rebentar de alegria nem a morrer de tristeza... estou apenas no meu estado zen, normalissimo... sem juízo e com muita vontade de sair de arco e flecha na mão para conquistar o mundo... hoje sim, sinto-me grande... encho o peito de ar e respiro confiante, como se o mundo caísse a meus pés...
este sentimento é um misto de coisas...
ao mesmo tempo, tento convencer-me (e aqui tem mesmo que ser...) que terei forças por muito tempo... que acumularei um pote de forças porque mais cedo ou mais tarde precisarei delas.
estive a ver algumas fotos antigas... chorei, claro... por saudades, antecipação e sobretudo por saber que há coisas que nunca mais farei com a mesma intensidade, vontade, determinação... sei que me é quase imposta uma reacção, um levantar da cabeça, um pensar positivo que não consigo ter de momento... a dor da perda antecipada é demasiado grande... a dor de haver pouco (ou nada...) a fazer é devastadora mas estarei aqui... sempre... para sempre... só para ti... sei que não nos queres, sei que não te queres e isso dói mas se conforto houver nalguma coisa... ficas a saber que te quero como quis sempre...
Estou tranquila mas não estou feliz (nem posso...) e continuo a dar-te o tempo que precisares até chegares novamente a mim... só porque és tu e só porque te adoro...
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar?Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada
Que me saiba perder...pra me encontrar
Florbela Espanca

domingo, abril 06, 2008

ai eu, ai eu...


grandes noites... nos ultimos dias... OBRIGADA A TODOS... ainda assim, sinto-me ainda do tal estupido, muito estupido... e aqui posso agradecer a uma única pessoa que não citarei... portanto cá vai o agradecimento mais formal
"obrigada por me fazer sentir desta forma... tão... pouco simpática..."
SOMOS OS MAIORES !! mas eu sinto que já não sou uma princesa... estou tão triste...

quinta-feira, abril 03, 2008

é dia...


há coisas fantásticas não há...?
nem sei por onde começar... talvez a frontalidade umas vezes seja uma virtude outras um defeito mas o que é facto é que as coisas ditas assim de caras... sem medos... sem rodeios... custam sempre a ouvir... é mais dificil lidar com uma grande verdade do que com uma grande mentira... parece que me despersonalizei por umas horas, que deixei de sentir, de ser, de ter... (depois quando puder... é um aspegic...) e senti-me voar... flutuar... embarcar... embalar... abalar.... nem sei bem o que senti... certo é que, de momento, é cabeça na lua, pés na terra e coração onde? (longe... tão longe...). tenho dores... no corpo e na alma... pele... apetece-me arrombar este corpo com um pé de cabra e reduzi-lo a meia duzia de cacos... meia dúzia de cinzas... meia dúzia de bolinhas de cotão... meia duzia de nada... just like that: nada... e porquê? (perguntaram os meus 3 ou 4 leitores assíduos...) porque ninguem disse que a vida era justa e a prova disso é que o galileu foi condenado à morte por dizer que a terra é redonda... e agora...?
sinto-me assim... como dizer... de um estúpido muito estúpido... sinto-me fraca... (apesar de gorda) e sinto-me ludibriada (oh deus...) por tantas coisas que me apetece fugir e quando voltar a aparecer é para pedir a alguem "faz-me favas com chouriço", qual josé cid montado num cavalo branco... é hoje... ou então não...
li num pacote de açucar da nicola a frase - Um dia... nunca mais digo "um dia" - e guardei-o para me recordar sempre disto... talvez um dia aconteça tudo... ou não... talvez este pó na alma, esta ferrugem (e estas dores...eu bem devia ter pedido a porra da almofada...) e este cansaço sejam produto dos meus imaturos 24 aninhos que desesperam a cada situação de perda... ou não... ESTOU QUE NEM POSSO... onde é que vocês estão...?
"Molha eu,
Seca eu,
Deixa que eu
seja o ceu.
E receba
o que seja seu.
Anoiteca e
amanheca eu."
Marisa Monte