há coisas fantásticas não há...?
nem sei por onde começar... talvez a frontalidade umas vezes seja uma virtude outras um defeito mas o que é facto é que as coisas ditas assim de caras... sem medos... sem rodeios... custam sempre a ouvir... é mais dificil lidar com uma grande verdade do que com uma grande mentira... parece que me despersonalizei por umas horas, que deixei de sentir, de ser, de ter... (depois quando puder... é um aspegic...) e senti-me voar... flutuar... embarcar... embalar... abalar.... nem sei bem o que senti... certo é que, de momento, é cabeça na lua, pés na terra e coração onde? (longe... tão longe...). tenho dores... no corpo e na alma... pele... apetece-me arrombar este corpo com um pé de cabra e reduzi-lo a meia duzia de cacos... meia dúzia de cinzas... meia dúzia de bolinhas de cotão... meia duzia de nada... just like that: nada... e porquê? (perguntaram os meus 3 ou 4 leitores assíduos...) porque ninguem disse que a vida era justa e a prova disso é que o galileu foi condenado à morte por dizer que a terra é redonda... e agora...?
sinto-me assim... como dizer... de um estúpido muito estúpido... sinto-me fraca... (apesar de gorda) e sinto-me ludibriada (oh deus...) por tantas coisas que me apetece fugir e quando voltar a aparecer é para pedir a alguem "faz-me favas com chouriço", qual josé cid montado num cavalo branco... é hoje... ou então não...
li num pacote de açucar da nicola a frase - Um dia... nunca mais digo "um dia" - e guardei-o para me recordar sempre disto... talvez um dia aconteça tudo... ou não... talvez este pó na alma, esta ferrugem (e estas dores...eu bem devia ter pedido a porra da almofada...) e este cansaço sejam produto dos meus imaturos 24 aninhos que desesperam a cada situação de perda... ou não... ESTOU QUE NEM POSSO... onde é que vocês estão...?
"Molha eu,
Seca eu,
Deixa que eu
seja o ceu.
E receba
o que seja seu.
Anoiteca e
amanheca eu."
Marisa Monte
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